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Lúpus eritematoso sistêmico

O Lúpus Eritematoso Sistêmico consiste em uma doença de etiologia desconhecida que pode acometer vários órgãos se caracterizando pela presença de anticorpos patogênicos (múltiplos auto-anticorpos), e, de complexos antígeno-anticorpos que danificam diferentes células e tecidos. A excessiva produção de auto-anticorpos leva a evolução freqüentemente imprevisível, sendo que a inflamação em muitos sistemas de órgãos, e, a associação com a produção de anticorpos reativos com antígenos da membrana celular, citoplasmáticos e nucleares são características da doença. Embora a maioria dos pacientes tende a melhorar ou ter cura espontânea, podem ocorrer crises episódicas, e, até progressão rápida da doença levando ao óbito. O sistema imunológico tem como principal função a proteção do indivíduo através de mecanismos específicos que reconhecem antígenos (patógenos, proteínas ou outras moléculas) estranhos ao hospedeiro. Entretanto, resposta anormal a componentes próprios pode ser desencadeada pela quebra do controle ativo de tolerância imunológica resultando na produção de células T ou de anticorpos auto-reativos e eventualmente lesão tecidual. Os ensaios desenvolvidos para a detecção de auto-anticorpos são os mais amplamente utilizados para se determinar auto-reatividade, por serem fáceis, rápidos e reproduzíveis. Pode ocorrer desde o nascimento até após 60 anos, o início ocorre com maior freqüência entre a idade de 13 e 40 anos, sendo cerca 90% mulheres, e, entre a idade de 20 a 40 anos chega a 95% dos pacientes do sexo feminino. Mas, embora seja menos frequente em homens, quando ocorre no sexo masculino também pode ter a mesma gravidade. Estudos epidemiológicos têm referido que na América do Norte, Europa e Japão cerca de 0,3 a 7,0 em cada 100.000 crianças e adolescentes têm essa doença sendo denominada de Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil quando acomete jovens com idade até 16 anos. A principal diferença entre a doença do adulto e a juvenil se dá no comprometimento renal, mais freqüente, e, com formas mais graves na forma juvenil. Os critérios diagnósticos utilizados para o LESJ são os mesmos, e, o tratamento bastante similar ao adulto, com ênfase nas vacinações e no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança e adolescente. Ocorre maior incidência entre as mulheres jovens e negras. Também entre os índios e negros americanos, e, os asiáticos têm ocorrido acentuada incidência de Lúpus Eritematoso Sistêmico.
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